A cirurgia de remoção das mamas cura o câncer?
Mito. De acordo com o mastologista Rodrigo Pepe, a remoção das mamas é uma das formas de tratamento do câncer. Além disso, complemente Pepe, essa cirurgia não garante que o tumor não volta a se manifestar. “Se foi necessário a retirada das mamas, significa que o tumor foi muito agressivo, logo, precisa de tratamentos adicionais para ser erradicado (quimioterapia e radioterapia, por exemplo)”, explica.
O médico ressalta que mesmo depois da remoção cirúrgica da mama e do acompanhamento com outros tratamentos, o câncer pode voltar. “Quando volta na mama é chamado de recidiva tumoral. Quando volta em outra parte do corpo, chamamos de metástase”, esclarece.
Se tenho histórico de câncer de mama na família, terei câncer?
Apenas 10-15% dos atingidos pelo câncer de mama têm histórico familiar da doença, de acordo com o mastologista Rodrigo Pepe. “Quem tem histórico familiar apresenta um risco maior, mas isso não quer dizer que essa pessoa terá câncer”, tranquiliza.
A Sociedade Brasileira da Mastologia (SBM) recomenda que pessoas com histórico desse câncer na família comece o rastreamento dez anos antes do caso mais jovem da família. “Costuma-se fazer a mamografia de base aos 35 anos, não aos 40 [anos], neste público”, explica Carolina Fuschino, mastologista e presidente da SBM no Distrito Federal (SBM-DF).
Os mastologistas recomendam que pessoas com esse tipo de histórico procurem um profissional para avaliar qual a proximidade do risco.
O câncer de mama só atinge mulheres?
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) informa que, desde de 2013, o câncer de mama já matou 14.388 pessoas, sendo 188 homens. O médico Rodrigo Pepe explica que, para cada 100 pessoas atingidas por esse câncer, uma é homem.
De acordo com o especialista, o câncer pode ser caracterizado como mais agressivo em homens do que em mulheres. Isso porque o corpo masculino tem pouco tecido mamário, o que faz com que as células cancerígenas se espalhem com maior facilidade para regiões próximas à mama como, por exemplo, o músculo peitoral maior (abaixo da mama).
Homem: esteja atento aos sinais e procure acompanhamento.
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Aline do Valle, equipe ASN.