As primeiras palavras deste livro que estamos estudando são: “Revelação de Jesus Cristo”. Foi por isso que as profecias de João receberam esse nome. É uma revelação de Jesus a respeito de Jesus. Alguns versos mais adiante, a fim de que não haja qualquer dúvida a respeito de quem é o centro do livro, João apresenta Jesus Cristo como “Fiel Testemunha, o Primogênito dos mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados,… a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!” (Apocalipse 1:5-6).
Jesus Cristo é o Herói do Livro do Apocalipse. Suas páginas estão saturadas com Sua presença. Note apenas algumas formas pelas quais Ele é descrito:
Apocalipse 1:8, ECA – “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim”, sempre presente.
Apocalipse 5 – O único que pode abrir os rolos do juízo e nos redimir.
Apocalipse 12:5 – O Filho varão, nascido de uma virgem para Se tornar nosso Poderoso Salvador!
Apocalipse 14:14 – O Filho do homem com uma foice na mão para fazer a colheita final da terra.
Apocalipse 15 – O triunfante Herói, que recebe louvor juntamente com Deus o Pai no mar de vidro.
Apocalipse 19:7-9 – O Noivo que Se prepara para grande festa de casamento com Seu povo.
Apocalipse 19:11 – O grande Libertador, montado em um cavalo branco para nos resgatar.
Apocalipse 19:16 – O majestoso Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Apocalipse 21 – Aquele que faz novas todas as coisas, criando novo céu e nova terra.
Apocalipse 22:12 & 20 – Aquele que repete a maravilhosa certeza: “E eis que venho sem demora”.
Portanto, Jesus faz muitas aparições dramáticas no Apocalipse, mas um símbolo de Jesus domina este livro – Jesus como o Cordeiro de Deus. Jesus é descrito como o Cordeiro 27 vezes no Apocalipse. Em Apocalipse 5:6, João diz: “Então, vi, no meio do trono… de pé, um Cordeiro como tendo sido morto”. Apocalipse 13:8 chama o Cordeiro como Aquele que foi morto desde a fundação do mundo. No capítulo 14, o Cordeiro reaparece; os redimidos cercam Seu trono e O louvam para sempre. No capítulo seguinte, os crentes fiéis estão no mar de vidro e eles entoam o cântico do Cordeiro, dizendo: “Grandes e admiráveis são as tuas obras,… Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações!” Apocalipse 15:3.
Jesus, o Cordeiro de Deus, encontra-Se no centro do livro do Apocalipse. O notável é que o Cordeiro enfrenta todos os tipos de forças do mal e cruéis representadas pela besta com sete chifres, um dragão vermelho feroz, uma prostituta sedutora, um império corrupto chamado Babilônia e muitas catástrofes aterradoras. No entanto, esse livro tem uma maravilhosa mensagem para nós: Quando as forças do mal se reúnem contra o Cordeiro, Ele vence – e podemos vencer com Ele! “Pelejarão eles contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão também os chamados, eleitos e fiéis que se acham com ele” Apocalipse 17:14.
O Cordeiro Morto do Santuário
O cordeiro morto descreve Cristo crucificado na cruz. Seu sacrifício foi simbolizado no Velho Testamento por várias cerimônias no templo hebraico. Diante do pecado, Deus deu esta instrução específica em Levíticos 5:5-6: “Será, pois, que, sendo culpado numa destas coisas, confessará aquilo em que pecou. Como sua oferta pela culpa [um cordeiro sem defeito], pelo pecado que cometeu”.
Examinemos o templo ou tabernáculo e imaginemos o significado da cerimônia para quem estava lutando com a culpa: O pecador traz um pequeno cordeiro, puro e imaculado. Ele caminha pelo acampamento de Israel e sabe que os amigos, parentes e estranhos sabem aonde ele está indo. Dirige-se ao tabernáculo para degolar o animal. Ele caminha até lá devido a um pecado que lhe está correndo os ossos – ele tem corrigir seu ato. No tabernáculo, ele espera com os outros que trouxeram ofertas pelo pecado. Observa enquanto os sacerdotes realizam seu antigo ritual. Então um sacerdote se aproxima e é a sua vez. Ele coloca a mão sobre a cabeça do cordeiro e confessa seu pecado, tentando não olhar nos olhos confiantes de animal. Rapidamente ergue a cabeça. Vê o cintilar da faca. Um sangue escuro jorra no chão. O cordeiro estremece e cai manquejando. Os assistentes do sacerdote levam o animal para o grande altar. Drenam o sangue em uma valeta em sua base. Então o colocam sobre as chamas para ser consumido. À medida que os rolos escuros de fumaça sobem contra o perfeito azul do céu, o pecador se sente resgatado. Esse sacrifício imaculado aponta para o perdão divino.
Era isso o que acontecia no tabernáculo hebraico, no altar das ofertas queimadas. Além do triste fato de que o pecado resulta na morte (Romanos 6:23 & Tiago 1:15), note dois aspectos belos no serviço ordenado por Deus:
1. As pessoas aceitavam a responsabilidade por seus maus atos. Elas o enfrentavam com honestidade, e o confessavam. Não havia negação nem desculpas. As pessoas hoje muitas vezes negam suas faltas ou tentam desculpar seus pecados. A verdade mais fundamental sobre a culpa humana é que nunca podemos fugir dela até que a aceitemos. É por isso que as pessoas traziam seus cordeiros ao templo. Elas aceitavam sua culpa.
2. Mas elas também estavam reconhecendo algo mais – o fato de que não podiam fazer expiação por seus pecados. Elas não podiam de fato eliminar ou apagar sua culpa ao fazerem algo por si mesmas. O sacrifício de um cordeiro sem defeito era um ato de fé – fé que outro poderia eliminar sua culpa, outro poderia fazer a expiação
Romanos 6:23 afirma claramente: “…porque o salário do pecado é a morte”. No Velho Testamento quando o pecador culpado confessava seu pecado, a culpa era simbolicamente transferida para o cordeiro inocente. Este levava a culpa pelos pecados. O pecador podia viver. O cordeiro devia morrer. Esse cordeiro apontava para Jesus, “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” João 1:29. Porém, o sangue de animais não podia salvar ninguém do pecado – Hebreus 10:4 – ele apenas apontava para o Cordeiro divino que podia salvar. Hebreus 10:10-14.
A culpa não resolvida pode destruir nossa saúde emocional. Mas viver em negação e oferecer desculpas esfarrapadas é tentar lidar sozinho com a culpa. O verdadeiro perdão somente pode vir de uma fonte – e esta deve ser Deus, que perdoa. Quando pecamos moralmente, o perdão deve vir do Legislador. Portanto, Cristo derramou Sua vida na cruz como o imaculado Cordeiro de Deus. Ele assumiu a culpa e deu-nos Sua justiça, Seu direito de estar com o Pai. O apóstolo Paulo esclarece esse aspecto em 2 Coríntios 5:21: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus”.
Leiamos novamente Romanos 6:23. O verso afirma que “o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus”. Efésios 2:8-9 enfatiza o mesmo ponto: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”.
Amigos, a boa notícia é que sempre foi assim. O perdão – a vida eterna – é um presente. Esta é a notícia mais maravilhosa já anunciada neste planeta. Sem a graça, estaríamos condenados a prosseguir por esta estrada de mão única até chegarmos por fim à morte. Por favor, permita que a dádiva de Jesus Cristo comece a remodelar sua vida. Você encontrou paz e perdão em sua vida? Você já foi ao pé da cruz onde o problema da culpa é resolvido de uma vez por todas? Venha ao Herói do livro do Apocalipse – venha para o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!
Pensamento do Dia
João 3:16“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.