Vivemos em tempos emocionantes. Os anos recentes trouxeram o triunfo da democracia a lugares inesperados. O Muro de Berlim ruiu diante de nossos olhos. A União Soviética e os seus regimes comunistas fantoches foram varridos diante de nossos olhos em uma revolução miraculosa sem derramamento de sangue, levando a uma nova era. Porém, a maioria dos observadores deixam de ver a dimensão espiritual nessas revoluções contra a tirania. Trata-se muito mais do que uma simples mudança em um sistema político. Onde uma vez reinou suprema a tirania, Deus está trazendo a liberdade religiosa.
Podemos ter simplesmente esquecido o quão profundamente Deus está comprometido com a liberdade. Ele está ocupado, libertando as pessoas de todos os tipos de opressão. O Deus Todo Poderoso, o Guerreiro Vitorioso que resgata a presa do tirano, Se opõe ao império de Satanás em todas suas formas. Satanás busca escravizar os homens por todos os meios: vícios, privações, ignorância, opressão política. A forma de Deus e a de Satanás estão em guerra: O Cordeiro de Deus contra o Dragão Vermelho, a mulher pura contra a prostituta de Babilônia, a batalha do amor contra a opressão.
A vitória de Deus é inevitável, visto Cristo ter feito o compromisso total e completo por nós na cruz. Jesus fez o compromisso supremo por nós e nos convida a fazermos o compromisso supremo com Ele. Cada um de nós deve lidar com a tirania em sua própria vida. Satanás busca nos escravizar em seu reino opressor. Apocalipse 12:17 descreve a igreja como uma mulher pura e Satanás como um dragão vermelho que ataca o povo de Deus: “IROU-SE o dragão contra a mulher e foi PELEJAR com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus”; 1 Pedro 5:8-9 descreve nosso inimigo de uma forma semelhante: “…O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar…”.
Satanás é o pior tirano da terra, e ficaremos presos em seu império tirânico A MENOS QUE tomemos uma posição definitiva. Por quê? Pense nisto. Ninguém consegue ficar intocável à opressão do pecado. Lutamos contra hábitos e atitudes que sabemos serem erradas. Deixamos de viver por nossos padrões. Trazemos cicatrizes dos pecados dos outros – e provocamos cicatrizes nos outros também. Todos sofremos vitimados pela tirania do mal que corre solto neste mundo. Portanto, como escapamos e encontramos liberdade? Não é suficiente apenas querer libertar-se da tirania. Devemos tomar uma posição, declarar outra lealdade. Essa lealdade deve ser para com Aquele que nos liberta, Jesus Cristo.
Apocalipse 7:14-15 mostra as pessoas que declararam tal lealdade, um grupo que passou pelo último levante da história e ingressou na sala do trono de Deus. Este texto descreve o segredo de sua força: “São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro, razão por que se acham diante do trono de Deus e o servem de dia e de noite no seu santuário”. Eles lavaram suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro! Vocês sabiam que essa prática cristã específica que simboliza o lavar e o branqueamento das vestes no sangue do Cordeiro é, na verdade, uma forma pela qual podemos afirmar isso publicamente em nossa vida? Iremos falar a respeito dessa afirmação, dessa declaração pública e a diferença que ela pode fazer. É a declaração pelo BATISMO.
O SIGNIFICADO do batismo: O batismo bíblico é um compromisso público, um símbolo de lealdade a Cristo, declarando de que lado a pessoa se encontra. Ser “lavado no sangue do Cordeiro” é fazer uma declaração pública de lealdade a Ele, no batismo. Não há dúvida a esse respeito: Jesus é quem luta contra o império de Satanás; Aquele que é capaz de nos livrar dessa força tirânica. Portanto, devemos prestar lealdade absoluta a Cristo como nosso Salvador. Porém, muitos hoje dão apenas uma vaga permissão a Jesus como Salvador, e mantêm sua lealdade como um assunto particular. Sem dúvida, eles creem nEle, mas, por algum motivo, essa crença nunca se torna uma declaração pública. Não obstante, necessitamos de algo definitivo em nossa vida. Necessitamos tomar uma firme posição. A lealdade particular tende a se esvaecer. As crenças não declaradas tendem a dobrar-se conforme as circunstâncias. Então, como tomamos uma posição? Os primeiros cristãos mostram-nos de forma inequívoca. Depois do primeiro sermão de Pedro, seus ouvintes ficaram profundamente convictos a respeito das reivindicações de Cristo e perguntaram: “O que faremos”. Pedro respondeu em Atos 2:38: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo”. Essas pessoas creram em Jesus como o Messias, como Salvador. Elas tomaram posição e fizeram uma declaração pública ao serem batizadas. O batismo é uma forma de identificarmo-nos com Cristo – unimo-nos a Ele publicamente, assim como o fazem um homem e uma mulher quando se unem no casamento, através da cerimônia nupcial.
O MÉTODO de batismo: Considerem como Jesus foi batizado – Ele é um exemplo seguro a ser seguido. Marcos 1:9-10: “Naqueles dias, veio Jesus de Nazaré da Galiléia e por João foi batizado no rio Jordão. Logo AO SAIR DA ÁGUA, viu os céus rasgarem-se e o Espírito descendo como pomba sobre ele”. Jesus foi TOTALMENTE SUBMERSO por João no Rio Jordão. João 3:23 afirma: “Ora, João estava também batizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali MUITAS ÁGUAS, e para lá concorria o povo e era batizado” O verdadeiro batismo bíblico requer águas profundas. Não há batismo por aspersão e tampouco derramamento da água. Somente a imersão exige “muitas águas”. Paulo nos diz em Efésios 4:5: “há um só Senhor, uma só fé, um só batismo”. Há apenas UMA fé verdadeira – a fé na salvação em Cristo. Há somente um Senhor – Jesus nosso Senhor e Salvador. E há apenas um método verdadeiro de batismo – pela imersão. Em Atos 8:38 o apóstolo Filipe batizou o eunuco etíope: “…ambos desceram à água, e Filipe batizou o eunuco”. Filipe imergiu totalmente o novo crente na água. A imersão total é o único método de batismo descrito na Bíblia.
O SÍMBOLO do batismo: O método bíblico de batismo ricamente simboliza a morte de Cristo, o sepultamento e a ressurreição. Paulo pergunta em Romanos 6:3-6: “Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua MORTE? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi RESSUSCITADO dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida…”. Assim sendo, o batismo de fato representa três elementos:
(1) morte para a velha vida pecaminosa;
(2) sepultamento de nossos pecados, ao submergir nas águas; e
(3) ressuscitar das águas e caminhar em novidade de vida.
A IMPORTÂNCIA do batismo: Vamos deixar algo bem claro. O batismo não nos salva – não se trata de uma cerimônia mágica que nos dá a vida eterna. A fé em Cristo é o que nos salva; recebemos a vida eterna somente por crermos nEle e O aceitarmos como Salvador. E o batismo não significa que somos perfeitos – significa que estamos comprometidos. Porém, algumas passagens bíblicas falam da suprema importância do batismo bíblico. Em Marcos 16:16 Jesus disse: “Quem crer e for batizado será salvo”. De acordo com Jesus, o batismo é essencial para a salvação. Em João 3:5, Jesus declarou enfaticamente: “Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus”. Se um crente sincero, assim como o ladrão na cruz, não puder ser batizado, então o próprio batismo de Cristo servirá neste caso. Mas quando nos é dada a maravilhosa oportunidade apresentada pelo batismo, seria um insulto desdenhar dela e não sermos batizados. O chamado de Deus é urgente em Atos 22:16, NVI: “E agora, que está esperando? Levante-se, seja batizado e lave os seus pecados, invocando o nome dele”.
Pensamento do Dia
Romanos 6:3-5
“Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição”.