Vamos começar por uma história…
Quem é o meu próximo? Jesus prosseguiu, dizendo: Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e veio a cair em mãos de salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o semimorto. Casualmente, descia um sacerdote por aquele mesmo caminho e, vendo-o, passou de largo Semelhantemente, um levita descia por aquele lugar e, vendo-o, também passou de largo.
Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele. E, chegando-se, pensou-lhe os ferimentos, aplicando-lhes óleo e vinho; e, colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele.
No dia seguinte, tirou dois denários e os entregou ao hospedeiro, dizendo: Cuida deste homem, e, se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar. Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu-lhe o intérprete da Lei: O que usou de misericórdia para com ele. Então, lhe disse: Vai e procede tu de igual modo. Lucas 10: 33-37
Apesar de ser uma parábola (inventada por Cristo para ensinar uma lição), era perfeitamente real e rotineira para a época e lugar. Na história do bom samaritano, ilustra Cristo a natureza do verdadeiro cristão. Mostra que consiste, não em sistemas, credos ou ritos, mas no cumprimento de atos de amor, no proporcionar aos outros o maior bem, na genuína bondade. Cristo é o bom samaritano, nós os moribundos.
O bom samaritano para atender ao moribundo despojou-se provavelmente do seu suprimento para a viagem, para atender e cuidar dos ferimentos; colocou o homem quase morto em cima de seu próprio animal, para poder transportá-lo; correu risco de ser, ele também assaltado e morto; não ligou para as diferenças sociais… pensou sim, naquele momento: Há aqui alguém que precisa de ajuda. Há aqui alguém que pode ajudar: EU.
Foi e ajudou e pronto. É isso! É do meu povo? Ganha bem? Fez faculdade? Usa roupas extravagantes e ousadas? É da minha igreja? É de outra igreja? Vou ter algum lucro ajudando-o? Ao vermos criaturas humanas em aflição, seja devido a infortúnio, seja por causa de pecado, não digamos nunca: Não tenho nada com isso.
E o bom samaritano não parou aí não, colocou-o em seu animal (isso significa que ele foi à pé), levou o moribundo para a hospedaria, alojou-o, cuidou dele e ao continuar sua viagem, deixou dinheiro para o hospedeiro gastar no que fosse preciso para cuidar do homem ferido… que lição… que exemplo…
“De graça recebestes”, diz Ele, “de graça dai.” Mateus 10:8.
Se somos cristãos, não passaremos de largo, mantendo-nos o mais distante possível daqueles mesmos que mais necessidade têm de nosso auxílio. A menos que haja sacrifício prático para o bem de outros, no círculo da família, na vizinhança, na igreja e onde quer que estejamos, não seremos cristãos, seja qual for a nossa profissão de fé.
Essa lição não é menos necessária hoje no mundo, do que ao ser proferida pelos lábios de Jesus. Egoísmo e fria formalidade têm quase extinguido o fogo do amor, dissipando as graças que seriam por assim dizer a fragrância do caráter. Muitos dos que professam Seu nome, deixaram de considerar o fato de que os cristãos têm de representar a Cristo.
O amor de Deus no coração é a única fonte de amor para com o nosso semelhante. “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e aborrece a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?”
Amados, “se nos amamos uns aos outros, Deus está em nós, e em nós é perfeita a Sua caridade”. I João 4:20 e 12. Se Cristo está em nós, agiremos em prol do nosso próximo, a partir de já… Você pode até dizer, ah, mas nem todo mundo tem vocação para caridade. Aí eu respondo: … experimente!
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