O suicídio é um gesto de autodestruição, a realização do desejo de morrer ou de dar fim à própria vida. É uma escolha ou ação que tem graves implicações sociais. Afinal, pessoas de todas as idades e classes sociais cometem suicídio.

Muitos casos estão eventualmente relacionados com doenças mentais, depressão, transtornos de ansiedade e transtornos de personalidade. Sendo assim, pessoas que sofrem deste problema deveriam buscar ajuda e então o risco será menor.

Pessoas com pensamentos suicidas sentem o desejo de aliviar pressões externas como cobranças sociais, culpa, remorso, depressão, ansiedade, medo, fracasso, humilhação, etc.

mulher desesperada

Esse é um tema que se tornou muito discutido, no entanto, ainda existem diversos MITOS sobre o assunto.

 

1. Quem quer se matar de verdade não avisa.

As pessoas que pensam em suicídio sempre pedem socorro direta ou indiretamente.  Sim, a vontade de viver aparece sempre, resistindo ao desejo de se autodestruir, o que faz com que considerem a possibilidade de lutar para continuar vivendo. Encontrar alguém que tenha disponibilidade para ouvir e compreender os sentimentos suicidas fortalece as intenções de viver.

 

2. Falar sobre suicídio pode induzir outros a isso.

Conversar sobre o suicídio de uma forma aberta e sensata pode ajudar a pessoa a reduzir o nível de desespero do momento.

 

3. Quando a pessoa fala que não tem mais razão para viver, devo mostrar que tem outras pessoas que sofrem mais que ela.

Quando uma pessoa fala que não tem mais razões para viver é preciso escutar e principalmente mostrar respeito aos seus sentimentos.  É importante não fazer nenhum julgamento ou críticas.

 

4. Devo dizer que tudo vai ficar bem.

Pessoas com ideias suicidas precisam de ajuda de profissionais, dizer que vai ficar tudo bem não resolve o problema.

 

5. Só pessoas com distúrbios mentais cometem suicídio.

Os comportamentos suicidas têm sido associados à depressão, abuso de substâncias, esquizofrenia e outras perturbações mentais, além de aos comportamentos destrutivos e agressivos. No entanto, esta associação não deve ser sobrestimada. A proporção relativa destas perturbações varia de lugar para lugar e há casos em que nenhuma perturbação mental foi detectada.

 

6. Os indivíduos suicidas querem mesmo morrer ou estão decididos a matar-se.

A maioria das pessoas que se sentem suicidas partilham os seus pensamentos com pelo menos uma outra pessoa, ou ligam para uma linha telefónica de emergência ou para um médico, o que constitui prova de ambivalência, e não de empenhamento em se matar.

 

7. Quando um indivíduo mostra sinais de melhora ou sobrevive à uma tentativa de suicídio, está fora de perigo.

Certamente, um dos períodos mais perigosos é imediatamente depois da crise, ou quando a pessoa está no hospital, na sequência de uma tentativa. A semana que se segue à alta do hospital é um período durante o qual a pessoa está particularmente fragilizada e em perigo de se fazer mal. Como um preditor do comportamento futuro é o comportamento passado, a pessoa suicida muitas vezes continua em risco.

 

Portanto, é preciso perder o medo de se aproximar das pessoas e oferecer ajuda. A pessoa que está numa crise suicida se percebe sozinha e isolada. Se um amigo se aproximar e perguntar: “tem algo que eu possa fazer para lhe ajudar?”, a pessoa pode sentir abertura para desabafar. Nessa hora, ter alguém para ouvi-la pode fazer toda a diferença. E qualquer um pode ser esse “ombro amigo”, que ouve sem fazer críticas ou dar conselhos. Quem decide ajudar não deve se preocupar com o que vai falar. O importante é estar preparado para ouvir.

 

Referências:

PREVENÇÃO DO SUICÍDIO – http://www.who.int/mental_health/media/counsellors_portuguese.pdf